segunda-feira, 14 de março de 2016

Jogar é viver uma Jornada




Recentemente eu joguei Until Dawn, um jogo de escolhas em que você vive vários personagens. Teve um momento em que eu tive que fazer determinada escolha em relação a um personagem, e depois de ver o que eu tinha feito meu namorado me disse "Mas por quê você fez isto?". Então eu respondi: Porque este personagem é um babaca e ele está chateado com a namorada.

Cuidado com o que você escolhe.

Existem vários motivos para se jogar um jogo. Algumas pessoas jogam pelo simples prazer de destruir seus inimigos estar competindo, enquanto outras o fazem por lazer e outras pessoas usam como válvula de escape.

Eu jogo por alguns destes motivos também, mas o meu principal motivo se traduz em "Jogar é viver uma Jornada".

Eu me lembro de quando comecei a ter esta perspectiva. Estava jogando Final Fantasy VI no emulador, e tinha enganchado em uma parte, na conversa durante o jantar com o grande general do Império e pai adotivo de Terra. Até então, eu jogava os jogos pulando diálogos. Eu era bem imaturo.

Depois de travar e me frustrar, tomei uma decisão: recomeçaria o jogo do zero, lendo todos os diálogos. Na época eu só tinha conhecimentos básicos de inglês nível Inglês Junior, então eu peguei um dicionário inglês-português e a partir daí não pulava mais um diálogo até entender cada palavra e conseguir decifrar o significado da frase.

Como resultado eu aprendi um bocado de inglês. Mas não apenas, também comecei a encarar o jogo com outra postura. Me colocava no lugar dos personagens, tentava entender seus sentimentos e como eles estavam divididos. Comecei a amar odiar de verdade Kefka, o maldito vilão, me identifiquei com algumas coisas, senti pena de outros personagens e me alegrei em alguns momentos (mas não muitos, porque Final Fantasy VI é muito trágico). A partir daí jogar mudou de sentido para mim.

Este é rosto da maldade pura
Olhar o mundo sob outros olhos, ou até mesmo observar outro mundo; encarnar outra perspectiva, outro modo de vida, de pensar; se colocar no lugar do personagem: estes aspectos contribuem para o crescimento pessoal. De preferência, deveríamos fazer isto sempre, não apenas nos jogos. Nos tornaríamos mais humanos e um pouco mais sábios.

Claro que existem jogos e jogos, personagens e personagens, histórias e histórias. Mas, no frigir dos ovos, os jogos são uma ferramenta a mais (dentre tantas igualmente boas) para expandir nosso universo pessoal, alcançar novos ares, vislumbrar novas possibilidades.

E viver algo.

Jogar é viver uma jornada, uma história onde personagens lutam, sofrem, amadurecem e confrontam seu desfecho, seu desenlace. E nós, jogadores, vivemos ao lado deles. E viver isto pode ser extremamente positivo

Só não esqueçam, caros leitores, que o mundo não é apenas jogar video-game, e que viver ao lado de pessoas e amigos e tão ou mais importante quanto.

Para fechar o artigo, uma imagem de Final Fantasy X, uma das
mais fantásticas jornadas que vivi. Ainda escrevo sobre.

PS. Fato do dia de ontem, que foi quando eu comecei a escrever o artigo: Acabei de jogar uma Contenda da Taverna no Hearthstone com um cara que tinha dois Velen, duas Confessora Paletress, Onyxia e A Fera (The Beast). E eu ganhei a partida, ainda por cima! XD

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