Aqui estou de volta, após um hiato com muito trabalho feat. estudo feat. notebook que não colabora. Hoje quero terminar o meu relato sobre o icônico núcleo derretido. Já escrevi a primeira parte e a segunda, falta apenas a etapa final. Mas antes de falar sobre os últimos quatro chefes, quero tocar em dois pontos que eu esqueci de mencionar.
Primeiro é que no Vanilla, os produtores do jogo tiveram uma ideia de design bem controversa: cada classe desempenharia apenas uma função nas Raides. Uma função fixa. Guerreiros deveriam ser os Tanques. Xamãs, Paladinos, Druidas e Sacerdotes deveriam ser curados. Enquanto magos, bruxos, caçadores e ladinos deveriam ser os causadores de dano (até porque estas classes não tinham escolha).
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Bônus do Set de Xamã voltados para Suporte. |
Mas claro que há espaços para exceções. Na minha guilda havia um Shaman que jogava de dano corpo a corpo, o Deez. Mas para poder ousar neste cenário, você teria que ser muito e fazer um bocado de PvP para ter certos itens épicos.
O que leva ao segundo ponto: Os membros da guilda que quisessem ser indispensáveis deveriam fazer PvP o bastante para conseguir itens bons. Antigamente não havia distinção entre itens de PvP e itens de PvE, os itens fortes de um formato eram igualmente fortes no outro formato, então, jogadores que investiam em ambos os espaços tinham vantagem. Claro que se a guilda fosse pequena, não importava muito, o importante era ter 40 pessoas. Mas se houvessem muitas pessoas para a Raide, o critério de desempate era o PvP. Ainda bem que minha guilda era pequena!
Agora voltando ao tema principal...
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Gollemag antes do Patch de refinamento visual. |
Gollemag possui como ajudantes dois Cães de Magma que não morrem até o chefe principal ser derrotado. Trata-se de uma batalha com quatro tanques, um para cada cão-magma e dois se alternando entre Gollemag, para evitar muitos acúmulos do seu Debuff que reduz armadura e causa dano de fogo. É uma batalha que depende mais dos tanques e dos curadores. De um modo geral sempre foi tranquila para a minha guilda. Teve um ponto em que o nosso Top-Tank sustentou cinquenta aplicações do Debuff do Gollemag.
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A Bigorna Negra |
O oitavo chefão da Raide se chama Emissário de Sulfuron e ele vem acompanhado de quatro ajudantes. Esta é uma batalha que requer cinco tanques. Os ajudantes são bem chatinhos, porque eles podem curar uns aos outros, mas isto é contornável fazendo com que eles fiquem longe uns dos outros ou interrompendo as curas ou ainda sugando a mana deles. O Emissário também auxilia os seus ajudantes dando buffs de dano a eles. Esta batalha é simples, contanto que todos exerçam bem os seus papeis e nenhum tanque morra.
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Guerreiro com Set Completo empunhando a Shadowstrike. |
O Emissário de Sulfuron, dentre outros itens dropa a infame Shadowstrike, a arma mais fraca que pode ser conseguida no núcleo derretido. Por ser tão ruim em comparação com as demais, ela possui dois apelidos: Vendorstrike, porque ela geralmente é vendida por duas peças de ouro; e Nexustrike, porque encantadores sempre desencantavam a arma por um Cristal de Nexus.
Depois que todas as runas forem purificadas, o oitavo chefão aparecerá, emitindo um grito desafiador que pode ser ouvido em todo o Núcleo Derretido. Ao subir para a área mais alta da Raide, os jogadores encontrarão o Senescal Executus com nada mais nada menos do que oito ajudantes, aparentemente mais poderosos do que ajudantes normais.
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Senescal Executus e seu pequeno exercito. |
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Anathema/Benediction |
A aventura está quase no fim! Depois de todo o caminho e esforço, a Raide então se desloca até a área central do Núcleo Derretido.
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Antes da Batalha começar algumas pessoas já se sentiam assim. |
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Ragnaros é gigante! Um encontro épico! |
Ragnaros é dureza! Ele permanece no centro e os jogadores precisam se posicionar direito. De tempos em tempos ele usa uma habilidade em um jogador com mana, que causa dano e joga todos os aliados dentro da área de efeito para longe, ocasionando muitas vezes morte por afogamento em lava. A posição para o tanque principal ficar é de difícil acesso para os curadores de uma maneira geral, sendo que o curador principal precisa ficar na beirada de uma pequena elevação para conseguir ficar seguro e ao mesmo tempo ter alcance.
A cada 3 minutos, Ragnaros vai submergir para a Lava e vai invocar oito Filhos das Chamas para lutar com a Raide. Eles são perigosos pela sua habilidade de eliminar mana, então devem ser controlados com Slow, detonados com dano AOE e mantidos longe dos curadores principais, que devem receber um Innervate. Depois de 90 segundo ou quando todos os Filhos das Chamas forem derrotados, Ragnaros reaparece para recomeçar o ciclo.
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Meu sonho em uma imagem. |
Porém, quando Ragnaros é derrotado, a sensação é incrível. Ouvir 34-39 pessoas aplaudindo e comemorando no canal de comunicação por voz enquanto o Lorde Elemental se debate e seu martelo cai no rio de lava é incrivel! E daí vem as recompensas! Pelo menos duas calças do Set de Raide Tier 2, as peças de armadura mais fortes do Núcleo Derretido, sem contar as outras peças e armas. Se o grupo tiver sorte, Ragnaros pode deixar para trás o Olho de Sulfuras, que pode ser fundido ao Martelo Sulfuron para formar Sulfuras, a Mão de Ragnaros. Todo xamã sonha em empunhar uma Sulfuras, mesmo nós sendo curadores. Outro item de destaque que Ragnaros deixava cair é a Essência do Lorde do Fogo, um item necessário para se criar a espada lendária Tormentália.
Com isto termino meu relato. Confesso que sinto um pouco de saudade de toda semana desbravar o núcleo e chutar o traseiro de Ragnaros. Mas, infelizmente, não está fácil conseguir viver apenas de jogar.
Guardo com carinhos minhas memórias naquele lugar infernal, cheio de desafios e perigos... e conquistas!
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Dança da Vitória! (E print screen quebrado) |
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