sábado, 30 de abril de 2016

Abri 133 pacotes de Hearthstone


Aconteceu em dois dias

No primeiro dia eu tinha 33 pacotes do set clássico, 16 do Goblins Versus Gnomos e 11 do Grande Torneio. Como sou um colecionador, comprei mais do Goblins Versus Gnomos do que do Grande Torneio com a esperança de ganhar lendárias antes que não fosse mais possível comprar pacotes da expansão.
01 Sonho



Minhas Espectativas:
- Ragnaros
- Netuplon
- Mal'Ganis
- Retalhador do Sneed
- Chamado dos Ancestrais (para no futuro jogar de Malygos-Shaman)
- O Chamabruma
- Destruição Elemental




Realidade:
- Fiola Ruinaluz (a mais fraca das irmãs)
- Capitão Peleverde
- Mago Sangrento Thalnos (repetido)
- A Fera (repetido)
- Nenhuma Destruição Elemental
- Nenhum Chamado dos Ancestrais
- Nenhuma Lendária de Goblins Versus Gnomos





No sábado já aconteceu de eu vencer uma partida na Taverna (tinha me esquecido disso), e abri o pacote. Ganhei uma cópia do pirata épico, e daí consegui, nos 45 dos segundo tempo, a carta especial do papagaio, logo quando ela iria ser removida!

Valeu amor!!!
E no domingo, meu aniversário, meu amor comprou a pré-venda do Sussurros dos Deuses Antigos para mim! Valeu amor! :V

Na segunda eu comprei mais três pacotes de Goblins versus Gnomos. Era a última chance de verdade para eu conseguir um Chamado dos Ancestrais sem gastar pó. Consegui um Gazlowe, mas não consegui minha sonhada épica. Uma pena. Pelo menos na minha contagem de pó constava 9655, o suficiente para fazer três lendárias douradas (mas não vou gastar com isto, obviamente)


Os Sussurros dos Deuses Antigos: Daí eu ganhei meus cinquenta pacotes, mais os três por ter logado, e ainda fiz questão de ganhar os cinco pacotes da primeira missão especial para adicionar mais cinco logo na conta. Abri um total de 58 pacotes, e depois ainda ganhei mais cinco, totalizando 63 pacotes abertos.


O novo rei dos Dragões!


Expectativas:
- N'Zoth
- Soggoth
- Fandral
- Asa da Morte
- As cartas raras e épicas de Xamã
- Bloodhoof Brave (porque sim!)
- Malkorok





Dourado!!!!



O que eu consegui:
- Hallazeal, o Elevado
- Hallazeal, o Elevado (Dourado)
- Todas as raras de Xamã, mas nenhuma Épica
- Cinco Boodhoof Brave
- Malkorok
- Emperador Gêmeo Velk'lor (Dourado)
- Dois Sangues do Ancião (um dourado)
- Asa da Morte, Lorde-Dragão





sexta-feira, 22 de abril de 2016

Onde estão os Buffs do Hearthstone?


Os nerfs das cartas básicas e clássicas de Hearthstone foram finalmente divulgadas. Porém, nenhuma carta recebeu um Buff ou uma repaginada. Pensando nesta questão, escrevo aqui com as minhas sugestões de buffs para algumas cartas básicas e clássicas deste jogo que sou viciado confesso.


Fogo Fátuo (Wisp).

Efeito: Silencie todos os lacaios feridos por esta carta.

Comentário: O Fogo Fátuo é considerado a pior carta de Hearthstone por 33% dos jogadores. Originalmente ela não faz nada a não ser o fato de ser gratuita. Na minha versão da carta, ela tem o poder de silenciar inimigos, uma alusão a forma como Wisps no Warcraft 3 eram capazes de anular Buffs se explodindo em inimigos. Ao mesmo tempo, ela não se torna ainda incrivelmente forte, pois existem muitas formas de lidar com o Fogo Fátuo sem fazer com que ele silencie um inimigo, como os poderes heroicos do mago, druida e ladino. Além de que um lacaio sem nada especial poderia eliminar o Fogo Fátuo sem problema. Ou seja, a carta continuaria fraca, porém, não seria inútil como ela é considerada agora.




Golem de Guerra (War Golem)

Efeito: Não possui efeito, sofreu apenas uma redistribuição dos seus pontos.

Comentário: Outros 33% dos membros acham que o War Golem é o vencedor do título de carta mais fraca do Hearthstone, apesar de seus 7/7. Bem,  o Boulderfist Ogre (6/7 por 6 mana) é uma opção mais custo-benefício e longe do alcance do Big Game Hunter. Uma distribuição de atributos, porém, faria a carta ficar mais interessante. Ele teria um alto valor de vida, sendo um bom alvo para Cura Ancestral e para efeitos que lhe conferem provocar. Além de servir para realizar trocas e ainda receber curas pesadas sem aquela sensação de que estou gastando uma cura em vão. E seu valor de ataque o torna livre de todas as remoções do Sacerdote.




Totemic Might

Efeito: Seus totens possuem +1 de Vida.

Comentário: O terceiro membro da trindade que briga pelo título de carta mais fraca do Hearthstone. +2 de vida para totems por zero mana não é um bom negócio no metagame. Minha proposta é substituir o bônus de vida para os totems presentes em campo por um bônus permanente que dura o jogo todo. Esta versão iniciaria uma aura e faria com que todos os totens alidados tivessem vida extra, incluindo os que o jogador ainda vai invocar. Isso faria a carta ficar forte? Não! Mas a longo prazo, esse um ou dois pontos de vida extras podem fazer a diferença no quesito controle. Mas ganhar o jogo, a carta não faria.




Far Sight (Visão Distante)

Efeito: Olhe as duas cartas do topo do seu Deck. Compre uma e descarte a outra. Aquela carta custa (3) a menos.

Comentário: Uma carta considerada ruim de uma maneira geral, por depender muito da sorte. Se você conseguir comprar um Ragnaros no turno 4 com ela, já pode jogá-lo no turno 5. Mas se você comprar um Gnomo Leproso ou um Golem Totêmico, a sensação é de mana e carta perdida. Minha versão permite ao jogador encarar duas opções e escolher a mais satisfatória. Reduz o risco e desperdiçar a carta, mas não a anula. Além de que faz mais sentido com o Lore da carta. A visão distante permitindo observar o caminho a frente e avançar no mais vantajoso.





Ira Sagrada (Holy Wrath)

Efeito: Compre uma carta e cause dano igual ao seu custo a três inimigos aleatórios.

Comentário: Originalmente Holy Wrath era uma magia de área que atingia todos os demônios e mortos vivos. A ideia aqui é de retornar a carta a um efeito de área, ao mesmo tempo em que mantém o seu teor original. Ao causar o dano a mais de um inimigo, ganha-se um pouco de valor, mas ainda dependente da sorte. Mesmo que você compre uma carta de custo 2, são 6 de dano no total. O limite de alvos é porque deixar como uma fonte de dano para todos os inimigos seria forte demais. Um Flamestrike que ainda permite comprar uma carta, por exemplo.



Menções Especiais: Pit Lord, Felguard e Cairne Bloodhoof mereciam pelo menos um pequenos bônus de +1 de Vida. Talvez o Guerreiro Tauren também!


quinta-feira, 21 de abril de 2016

Atenção presa em The Keep, do Nintendo 3ds

A Torre do Watrys. Por dentro, ela
é bem maior do que aparenta!

Até que enfim um post sobre algo diferente do universo da Blizzard (que culpa tenho eu se a Blizzard faz um bom trabalho em fidelizar seu público?)

Nesses dias de correria, estava procurando algo para jogar no meu 3ds, algumas demos para experimentar. Daí, enquanto procurava a demo de Azure Gunvolt (joga muito irado!) acabei me deparando com The Keep. Um daqueles títulos da E-Shop que parecem genéricos demais e que não passam a sensação de ser grande coisa. Mas aí eu pensei, poxa, alguém investiu tempo e dinheiro neste jogo, e ainda disponibilizou a demo para download. E se fosse eu que tivesse recursos limitados e ainda assim investisse no meu projeto? Tive que dar uma chance ao jogo.

E não me arrependo. Tanto que decidi comprá-lo antes de Azure Gunvolt!


O jogo é um Dungeon Crawler em primeira pessoa, estilo em que você precisa passar pelos desafios de uma masmorra. Na história do jogo um mago maligno chamado Watrys, que vive em uma fortaleza (The Keep) está perturbando uma cidade e você encarna o papel de um guerreiro veterano que resolve ignorar a decisão do conselho de deixar quieto e vai tentar acabar com a ameaça com as próprias mãos. Muito simples. Mas funciona. Não aparenta ter nenhuma grande reviravolta a vir, nem nenhum drama ou amadurecimento. Mas é o suficiente para justificar a aventura.


O jogo possui um sistema em que você precisa explorar os níveis, enfrentando inimigos em tempo real e resolvendo alguns simples pluzzes. Nada demais, mas funciona. Consegue entreter e o desafio vai crescendo em um nível bom. Para lutar com os inimigos, o jogador pode partir na porrada com algumas armas ou usar magias. A jogabilidade utiliza a caneta stylus para quase todas as funções, a gente só precisa do direcional mesmo é para andar. A gente balança a Stylus fazendo o movimento da arma, e ele realiza o golpe correspondente.

O sistema de runas mágicas.
O sistema de magias é ordenado na forma de runas. Elas podem ser utilizadas individualmente, mas são muito fracas. O lance é combinar as runas para ativar magias, o que é bem interessante. Minha reclamação é que os pergaminhos que ensinam a usar as combinações de runas são fáceis demais de achar - até agora - então não tem muito o fator de exploração, tentativa e erro.


O combate não se resume a ficar parado e atacando, é preciso recuar as vezes, esperar a recarga das runas, aproveitar as pequenas (muito pequenas) brechas dos inimigos. As batalhas não são estáticas. Pelo menos não onde eu estou até agora, ou não consegui fazer um personagem forte. Mas tudo parece tão equilibrado que acho difícil isto acontecer.


Sobre o sistema de fases, uma coisa que eu curti muito é que em todas as fases existe um contador de inimigos mortos (mostrando o total de inimigos, inclusive) e existem segredos nas fases. Daí, ao final de cada missão em mim surge o efeito de tentar eliminar algum inimigo que tenha escapado ou procurar algum segredo da fase que eu não conseguir achar.


Eu tenho a reclamar que o sistema de estamina é meio chato, mas eu entendo a sua função no gameplay, é passável o problema. Outra reclamação é quanto a como alguns inimigos do jogo são estúpidos, como ratos e morcegos. Mas dá para passar por isto, de boas.

Enfim, eu ia postar sobre o jogo apenas depois, mas estou a tanto tempo sem postar nada e também estou tão empolgado com The Keep, que precisava compartilhar com o mundo que vale a pena dar uma chance a este jogo.

Com certeza não é uma obra-prima dos games ou nem mesmo pode possuir a profundidade de um grande RPG... mas vale a pena como um passatempo interessante e desafiador.


domingo, 17 de abril de 2016

Sete Impeachments necessários no mundo dos games.


Hoje o Brasil praticamente parou devido ao processo de Impeachment de Dilma Rousself. Eu mesmo não fiz mais nada hoje a não ser praticamente assistir a Tv Câmara.

Aproveitando a deixa e um surto de criatividade, listo um conjunto de sete Impeachments necessários no mundo dos games hoje. Gamers do mundo todo, vamos protestar!


1) Impeachment à ausência de Rain no Mortal Kombat X

Rain, também conhecido como Sub-Zero Roxo, é um personagem clássico e possui vários fãs. Ele já tem um modelo no jogo, já tem alguns golpes e aparece na história inclusive. Porém, dois Kombat Packs depois e o Rain ainda não foi incluído no jogo! Impeachment nisso! Nada a ver o Leatherface e o Bo'Rai Cho sem ter o Rain (Mas não reclamem do Xenomorph, ele é importante sim! <3)



2) Impeachment a falta de locação de Ace Attorney: Ryunosuke

Dai Gyakuten Saiban: Naruhodō Ryūnosuke no Bōken(大逆転裁判 -成歩堂龍ノ介の冒險-; lit. "Great Turnabout Trial: The Adventures of Ryūnosuke Naruhodō") é um prequel da série Ace Attorney que se passa em Londres, e explora julgamentos com um Juri. Porém, a Capcom decidiu que o jogo não virá para o ocidente e não será localizado em inglês. Ai meu coração! Não pode ser!



3) Rockman X7 como um todo

Rockman X é uma série fantástica. Amo todos os jogos do X1 ao X6 (mesmo com alguns defeitos de alguns títulos). Porém, o X7 é horrível. A mudança de jogabilidade foi uma péssima decisão. O estilo mais arrastado, a ausência do X no começo do jogo, a falta de ação de verdade dando lugar ao Smash Button. Mas faz sentido o jogo ser muito ruim: Rockman X deveria ter terminado no X6, que é um jogo que nunca deveria existir. Então o X7 é o não deveria existir ao quadrado! Enfim, péssima decisão que merecia ser apagada da história dos video-games.


4) Impeachment à direção do Heroes of the Storm.

Tinha que ter menção à Blizzard, né? Pois bem, eu não jogo Heroes of the Storm, mas geral reclama que o servidor Brasileiro é horrível, cheio de lag e ping alto. E a equipe da Blizzard ao invés de focar todos os seus esforços nesta questão, fica lançando promoção pra atrair mais jogadores e distribuição de montarias e Skins. Assim não dá pra te defender, Blizz!



5) Impeachment da equipe que acabou com o suspense e terror na série Resident Evil

Quando eu joguei Resident Evil 1 e 2, eu me caguei todo de medo. Hoje, Resident Evil (a série principal) não passa de um jogo de ação que traiu completamente suas raízes. Isso começou com Resident Evil 4, mas o jogo se manteve fiel a perspectiva de terror. Claro que chega um ponto neste jogo em que você não tem mais medo de terroristas e nem nada. Mas em sua essência, o suspense está lá. O terror está lá. Porém, com Resident Evil 5 e 6, o suspense e ambientação morreu para dar lugar a ação completamente exagerada, ausência de pluzzes e momentos irreais. Que morte horrível para uma série tão icônica...




6) Impeachment da equipe de marketing de Pokemon Sun & Moon

Primeiro, eles marcam um dia para mostrar Trailer de pokemon Sun & Moon, e quando chega o dia eles exibem o Trailer repetido que não mostra nada do jogo. Depois, eles colocam na revista Coro Coro as capas dos jogos todas ofuscadas. Assim não dá! Impeachment nesta equipe de marketing e que na próxima edição de Coro Coro já sejam divulgados todos os novos pokemons, megas, líderes de ginásio e membros da elite dos quatro!

Foi uma palha assada!

7) Impeachment ao adiamento do Half Life 3

Outro absurdo! Faz séculos que a Valve protela o Half Life 3, um dos jogos mais aguardados do mundo do FPS. Mas sempre, E3 após E3, a Valve sempre aparece sem novidades e sem sinal de que o jogo esteja nem em desenvolvimento. Outro absurdo da existência humana. Nós precisamos de Half Life 3, Valve! Entenda isto!

Eu quero acreditar!




sábado, 16 de abril de 2016

Desbravando o Núcleo Derretido - parte 3


Aqui estou de volta, após um hiato com muito trabalho feat. estudo feat. notebook que não colabora. Hoje quero terminar o meu relato sobre o icônico núcleo derretido. Já escrevi a primeira parte e a segunda, falta apenas a etapa final. Mas antes de falar sobre os últimos quatro chefes, quero tocar em dois pontos que eu esqueci de mencionar.

Primeiro é que no Vanilla, os produtores do jogo tiveram uma ideia de design bem controversa: cada classe desempenharia apenas uma função nas Raides. Uma função fixa. Guerreiros deveriam ser os Tanques. Xamãs, Paladinos, Druidas e Sacerdotes deveriam ser curados. Enquanto magos, bruxos, caçadores e ladinos deveriam ser os causadores de dano (até porque estas classes não tinham escolha).

Bônus do Set de Xamã voltados para Suporte.
Isto significa que, apesar de um druida ter talentos e habilidades que o permitam jogar de tanque, causador de dano mágico, causador de dano físico corpo a corpo e curador, o jogo lhe obriga a ser curador para ter uma chance de vitória. E como assegurar isto? Fazendo com que, comparado com as outras classes, apenas as habilidades da sua função sejam eficientes. Um Xamã elemental, por exemplo, causa metade de dano de um mago ou ladino. Mesmo que sua armadura seja superior - até porque, como se não bastasse, os bônus da sua armadura de Raide eram totalmente voltados para a sua função. Você não tinha escolha.

Mas claro que há espaços para exceções. Na minha guilda havia um Shaman que jogava de dano corpo a corpo, o Deez. Mas para poder ousar neste cenário, você teria que ser muito e fazer um bocado de PvP para ter certos itens épicos.

O que leva ao segundo ponto: Os membros da guilda que quisessem ser indispensáveis deveriam fazer PvP o bastante para conseguir itens bons. Antigamente não havia distinção entre itens de PvP e itens de PvE, os itens fortes de um formato eram igualmente fortes no outro formato, então, jogadores que investiam em ambos os espaços tinham vantagem. Claro que se a guilda fosse pequena, não importava muito, o importante era ter 40 pessoas. Mas se houvessem muitas pessoas para a Raide, o critério de desempate era o PvP. Ainda bem que minha guilda era pequena!


Agora voltando ao tema principal...

Gollemag antes do Patch de refinamento visual.
Depois de de derrotar o Barão Geddon e chorar/comemorar pelo Drop/Não-Drop do item para se fazer a espada lendária, a sensação de trabalho bem feito e de completude se aproximava. A Runa do Barão estava no alto de uma subida cheia de inimigos, e da Runa era possível ver o próximo chefão: Gollemag.

Gollemag possui como ajudantes dois Cães de Magma que não morrem até o chefe principal ser derrotado. Trata-se de uma batalha com quatro tanques, um para cada cão-magma e dois se alternando entre Gollemag, para evitar muitos acúmulos do seu Debuff que reduz armadura e causa dano de fogo. É uma batalha que depende mais dos tanques e dos curadores. De um modo geral sempre foi tranquila para a minha guilda. Teve um ponto em que o nosso Top-Tank sustentou cinquenta aplicações do Debuff do Gollemag.

A Bigorna Negra
Uma coisa importante que este chefe pode trazer para a Guilda (Além de impedir que mais gigantes derretidos apareçam), é que ele pode derrubar um Lingote de Sulfuron. Este item serve para ser trocado nas Profundezas Rocha Negra por uma receita para se construir um Martelo de Sulfuron. Item que, aliás, precisa de mais oito Lingotes de Sulfuron para ser construído, sem contar outros itens igualmente raros, e o fato de que ele só pode ser feito na Bigorna Negra, que existe no interior da Masmorra supracitada.

O oitavo chefão da Raide se chama Emissário de Sulfuron e ele vem acompanhado de quatro ajudantes. Esta é uma batalha que requer cinco tanques. Os ajudantes são bem chatinhos, porque eles podem curar uns aos outros, mas isto é contornável fazendo com que eles fiquem longe uns dos outros ou interrompendo as curas ou ainda sugando a mana deles. O Emissário também auxilia os seus ajudantes dando buffs de dano a eles. Esta batalha é simples, contanto que todos exerçam bem os seus papeis e nenhum tanque morra.
Guerreiro com Set Completo empunhando a Shadowstrike.

O Emissário de Sulfuron, dentre outros itens dropa a infame Shadowstrike, a arma mais fraca que pode ser conseguida no núcleo derretido. Por ser tão ruim em comparação com as demais, ela possui dois apelidos: Vendorstrike, porque ela geralmente é vendida por duas peças de ouro; e Nexustrike, porque encantadores sempre desencantavam a arma por um Cristal de Nexus.

Depois que todas as runas forem purificadas, o oitavo chefão aparecerá, emitindo um grito desafiador que pode ser ouvido em todo o Núcleo Derretido. Ao subir para a área mais alta da Raide, os jogadores encontrarão o Senescal Executus com nada mais nada menos do que oito ajudantes, aparentemente mais poderosos do que ajudantes normais.

Senescal Executus e seu pequeno exercito.
Esta é uma batalha que requer todos os oito tanques, pelo menos uns doze curadores ativos e coordenação para eliminar os ajudantes, um por um. Executus não pode ser morto nesta batalha, ela termina quando todos os oito Adds estão mortos. É uma batalha mais difícil, requer concentração e um pouco de timing, pois cada tanque possui um curador e alguns curadores ficam de Standby para emergência. Os Causadores de dano precisam derrubar os inimigos um por um, mas não podem se empolgar demais, pois se gerarem mais ameaça que Tanque correm o risco de morrerem com um ou dois golpes. O tanque principal possui três curadores para si ao invés de apenas um, pois ele tem que lidar com o Executus e um dos Ardilantes. Executus também possui a mania de transportar algum jogado para o centro da área, onde existe um poço com magma. Não há muito perigo, a menos que ele transporte um curador na hora certa (as vezes acontecia).

Anathema/Benediction
Quando os oito Ardilantes são derrotados, Executus desiste, invoca um baú com recompensas e se move para o centro do Núcleo Derretido, prometendo que invocará Ragnaros. Dentre as recompensas do encontro, Sacerdotes podem obter um item que inicia uma série de missões que lhes recompensa com cajado épico especial. E Caçadores podem obter um item que também inicia uma série de missões épicas para obter um arco épico. Caçadores consideram uma questão de honra conseguir completar as missões, pois elas exigiam aos máximo as habilidades e pericias dos caçadores. Infelizmente estes itens não podem mais ser obtidos.


A aventura está quase no fim! Depois de todo o caminho e esforço, a Raide então se desloca até a área central do Núcleo Derretido.
Antes da Batalha começar algumas pessoas já se sentiam assim.
O primeiro problema, antes mesmo da batalha começar é a confiança das pessoas. Geralmente jogadores novos/guildas novas estão mal equipadas para enfrentar Ragnaros. E não falo apenas de Resistência a Fogo (embora isto também pese). Considerando que os chefões deixam uns 3 itens lendários por vez (sim, apenas três!) e que a média é de cinco itens lendários dropados pelos Trash Mobs, uma guilda consegue em uma semana apenas 32 peças lendárias. Dá menos de uma peça por participante da Raide. Geralmente uma guilda leva algumas semanas sem conseguir derrotar Ragnaros até conseguir ter um grupo forte o bastante para conseguir a proeza.
Ragnaros é gigante! Um encontro épico!

Ragnaros é dureza! Ele permanece no centro e os jogadores precisam se posicionar direito. De tempos em tempos ele usa uma habilidade em um jogador com mana, que causa dano e joga todos os aliados dentro da área de efeito para longe, ocasionando muitas vezes morte por afogamento em lava. A posição para o tanque principal ficar é de difícil acesso para os curadores de uma maneira geral, sendo que o curador principal precisa ficar na beirada de uma pequena elevação para conseguir ficar seguro e ao mesmo tempo ter alcance.

A cada 3 minutos, Ragnaros vai submergir para a Lava e vai invocar oito Filhos das Chamas para lutar com a Raide. Eles são perigosos pela sua habilidade de eliminar mana, então devem ser controlados com Slow, detonados com dano AOE e mantidos longe dos curadores principais, que devem receber um Innervate. Depois de 90 segundo ou quando todos os Filhos das Chamas forem derrotados, Ragnaros reaparece para recomeçar o ciclo.

Meu sonho em uma imagem.
Apesar de parecer simples, muitas coisas podem dar errado na batalha contra Ragnaros, e o grupo pode ser eliminado facilmente por causa de um erro mais critico.

Porém, quando Ragnaros é derrotado, a sensação é incrível. Ouvir 34-39 pessoas aplaudindo e comemorando no canal de comunicação por voz enquanto o Lorde Elemental se debate e seu martelo cai no rio de lava é incrivel! E daí vem as recompensas! Pelo menos duas calças do Set de Raide Tier 2,  as peças de armadura mais fortes do Núcleo Derretido, sem contar as outras peças e armas. Se o grupo tiver sorte, Ragnaros pode deixar para trás o Olho de Sulfuras, que pode ser fundido ao Martelo Sulfuron para formar Sulfuras, a Mão de Ragnaros. Todo xamã sonha em empunhar uma Sulfuras, mesmo nós sendo curadores. Outro item de destaque que Ragnaros deixava cair é a Essência do Lorde do Fogo, um item necessário para se criar a espada lendária Tormentália.

Com isto termino meu relato. Confesso que sinto um pouco de saudade de toda semana desbravar o núcleo e chutar o traseiro de Ragnaros. Mas, infelizmente, não está fácil conseguir viver apenas de jogar.

Guardo com carinhos minhas memórias naquele lugar infernal, cheio de desafios e perigos... e conquistas!

Dança da Vitória! (E print screen quebrado)




sábado, 9 de abril de 2016

A primeira grande batalha da Tracer


Faz pouco tempo aconteceu uma treta no universo de Overwatch. Uma jogadora reclamou de um das poses de vitória da personagem Tracer, que não condiz com a personalidade da personagem e que, além do mais, a hiper-sexualiza. O nome da pose é "Over the Shoulder" e a imagem se encontra logo abaixo:



Daí a Blizzard resolveu que iria retirar a pose, e a comunidade do Overwatch foi a loucura, com muitos homens reclamando da decisão e com um bom número de mulheres defendendo a retirada da pose. Uma leitura que recomendo sobre o acontecido se encontra aqui.

Segundo relatos, por um momento o fórum estava polarizado entre os a favor e os contra a mudança. Em síntese:

Argumentos a favor:
- A postura não condiz com a personalidade da personagem;
- A sexualização da Tracer é desnecessária, pois já existe a Widowmaker e a Symmetra;
- É preciso mais representações femininas nos games que vão além do apelo sensual;
- Mais parece que ela tá nua com a bunda pintada de amarelo.

Argumentos contra:
- Não há nada de sensual na pose dela;
- A bunda dela não tem nada demais;
- Outros personagens também possuem a pose Over the Shoulder e ninguém reclama
- As feministas estão deixando o mundo chato.

Mas o que estava feito, estava feito. A pose foi removida e a Blizzard colocou a nova pose da Tracer. Para alegria de uns e decepção de outros (não necessariamente todos do mesmo lado), a nova pose da personagem é a seguinte:



E depois de ver a imagem e ver as reações das pessoas sobre a imagem, lendo por aí, vendo memes, comentários em alguns blogs, assistindo alguns videos bem infelizes e passeando pelo estranho mundo da internet e se deparando com memes; depois de um percurso de pesquisas sobre reações, eu retomo a minha grande conclusão:

A comunidade Gamer é muito Machista,
 não sabe dialogar e respeitar as mulheres.

Não diga?! (Ironia mode on)
Valha cara, mas porque essa conclusão?

Em primeiro lugar porque a grande reação da comunidade (de homens) diante da pose da personagem é resumida nesta frase "Para nossa alegria a nova pose permanece sensual". Geral nos espaços onde eu fui observar a reação estava comemorando a nova pose como um "tapa na cara das malditas feminitas (sic)"e um "e se reclamarem de novo vai ter Tracer de Biquíni".

Para começar estas reações mostram como a comunidade dos gamers-machistas é contraditória e sem muita credibilidade. Em um primeiro momento, o argumento era que a pose não tinha NADA de sensual, mas quando a nova pose chegou o povo começou a comemorar dizendo que a pose PERMANECEU sensual.

"Viu? Nenhuma mina falou e já foi chamada de lunática"
Homens não são criados, de uma maneira geral, para realmente ouvir e respeitar as mulheres. Claro que hoje temos uma geração melhor do que a anterior, mas ainda temos um ranço machista muito forte.

Mulheres que entraram nos fóruns para expor os seus pontos de vista a favor de retirar a pose antiga foram hostilizadas pelo público de Overwatch. Elas foram chamadas de vadias, putas, arrombadas, desocupadas que não tinham louça para lavar¹, e feministas-chatas ou feminazis - inclusive quando nenhuma das minas chegou a fazer qualquer menção ao feminismo. A contra-argumentação masculina foi principalmente baseada na ofensa as mulheres do que em contrapor os argumentos, guardadas as exceções, que foram poucas nos espaços onde eu pude ver.


Mesmo antes da nova pose ser anunciada, já havia o claro sinal de que a comunidade gamer não sabe ouvir as mulheres.
As mulheres falam:
- Não gostamos da forma hipersexualizada da bunda dela.
E os homens respondem:
- Homens também tem a pose Over the Shoulder e vocês nem estão reclamando!

A comunidade diz que não é pela sexualidade, mas quando sai a nova
pose, aparece esta edição com um X-PLUS na bunda. Sacou a incoerência?
O que demonstra falsa-simetria e esclarece como a gente não consegue ouvir DE VERDADE as mulheres. Quando elas falam da "hipersexualização da bunda" a gente escuta "de costas olhando para trás". Complicado. Ainda mais porque há uma falsa-simetria: para quê questionar a Over the Shoulder dos homens se em nenhuma eles estão com as bundas sexualizadas (que dirá hipersexualizadas)?

Não consigo ver a bunda do Hanzo! Cadê?

Ok, mas e aí? Onde eu quero chegar com este post? O que tem demais no fato de uma pose?

Pois bem: recentemente uma pesquisa da Universidade de Ohio com 293 mulheres jogadoras descobriu que 100% delas já sofreram assédio dentro do jogo. CEM-POR-CENTO! E com assédio, eu não estou falando de "ah, sua gera é mais fraca que a minha" ou então "nossa, como você é n00b". Os assédios que as mulheres sofrem são insultos sexistas, pedidos de favores sexuais, piadas (e ameaças) de estupro, insultos físicos e o Stalking, que é o ato de descobrir a identidade da jogadora e a perseguir nas redes sociais.

E um dos fatores que leva a isto (um dos, não apenas o único) é o fato de que as mulheres estão quase sempre sendo retratadas como objetos sexuais. Isto reforça aspectos da nossa cultura machista que não nos ensina a respeitar as mulheres, Ao contrários, nos ensina, de forma bem subliminar, a tratar mulheres como objetos. E isto não é dito de forma aberta, é feito de forma muito subliminar, sempre colocando as mulheres como indefesas, ou fazendo com que suas histórias girem em torno de homens ou fazendo com que todas as mulheres sejam sexualizadas.

E são estas pequenas impressões que reforçam dentro da cabeça dos homens, de forma até não-consciente, de que mulheres podem ser humilhadas apenas por serem mulheres, que mulheres podem ser abusadas, espancadas, violentadas, como se fossem objetos para uso dos homens. São estes fatores que colaboram para a desumanização das mulheres, para o machismo nosso de cada dia.

O machismo existe sim, e isto torna o mundo um lugar pior para as mulheres. E na maioria dos casos os agressores são pessoas próximas, principalmente companheiros. Homens que se sentem legitimados pela nossa cultura machista.

Como romper com isto? Precisamos ouvir mais as mulheres, e parar de querer comandar questões que dizem muito mais respeito a elas (para não dizer unicamente respeito a elas) como a questão de como as mulheres são representadas nas mídias, como televisão, filmes, revistas e em videogames.

Precisamos aprender a respeitar as opiniões das mulheres, a debater com opiniões femininas sem chamá-las de putas, feminazis, desocupadas, mal comidas ou lunáticas. Precisamos aprender o que significam suas pautas, e colocar nossas argumentações de forma não ofensiva. Aprender a ouvir realmente as mulheres, seja virtualmente ou seja nos ambientes onde vivemos. Nós, homens, como principais responsáveis pelas violências que as mulheres sofrem, precisamos mudar de postura.

Como já disse anteriormente, considero Tracer uma grande protagonista para Overwatch por sua história, postura e potencial narrativo (se este potencial vai ser aproveitado é outra história). E o intrigante é que a protagonista que possui representações tão interessantes de personagens femininas já possui a sua primeira batalha, sem uma conclusão ainda final: A batalha contra o machismo da comunidade e o machismo velado da produtora.

Se esta história ainda renderá algo, não sei. Mas, no mínimo, fica a reflexão e o chamado para que nós possamos rever nossas posturas. Afinal, como a protagonista do jogo gosta de falar: "Novos heróis são sempre bem vindos", e essa coisa de hostilizar mulher é coisa de vilão.




POST SCRIPTUM: Vou adicionar mais duas imagens na postagem para reflexão
Como seria a pose de Genji se ele fosse mulher.
Mas ele é homem, então não tem uma pose assim.
A Cosplayer Tasha, reproduzindo a pose. A roupa
se comporta de uma maneira diferente do que no jogo.