segunda-feira, 15 de maio de 2017

Starcraft I



Faz um tempinho foi anunciado um Remaster do Starcraft I. Essa notícia me deixou feliz e me trouxe algumas boas recordações sobre Starcraft. Principalmente porque o Starcraft I, a versão não remasterizada, está disponível gratuitamente para todos os jogadores. O que é fantástico. Se eu fosse você eu baixava e jogava Starcraft I, mesmo que casualmente.

Meu primeiro contato com Starcraft foi há um bom tempo. Consegui uma cópia pirata com um amigo que me foi passada por Pen-Drive. Essa versão não tinha diálogos e nem cutscenes e veio com um save com todas as missões destravadas. Eu jogava sem muita seriedade ou compromisso geral, usava mais como uma alternativa ao Warcraft III (também pirata).

Comecei a gostar bastante então um dia eu resolvi comprar o Starcraft Anthology, que é o pacote que hoje está de graça na Battle Net.

Foram tantas noites viradas nas férias, e só com a campanha! Foram férias baseadas em estudar/Encontro Nacional dos Estudantes de Psicologia/Starcraft. Casou com a época em que eu fiquei mais caseiro nas férias da faculdade (e liso). Cada missão massa, cada cutscene bacana, diálogos incríveis e missões bem desafiadoras. Ainda não consegui vencer a última missão do Episódio VI.

Me recordo de momentos épicos, como quando Mengsk deixa Sarah Kerrigan para morrer nas mãos dos Zergs depois ela lutar por ele. Não foi preciso CG nem uma dublagem de outro mundo para trazer todo o drama deste momento e nos fazer ficar irritados com Arcturus Mengsk. Ou então o momento em que a Overmind nasce em Aiur, exatamente no local onde o Xel'naga colocaram os pés pela primeira vez no planeta, nos passando a sensação de que algo grande estava para acontecer, cujas extensões são maiores do que a nossa compreensão consegue alcançar.

Brood War
Uma coisa fantástica no Starcraft I é a falta de maniqueísmo e a presença de relações mais realistas. As raças não são unidas entre si, os Terranos brigam por interesses econômicos, políticos ou simplesmente por poder; enquanto os Protoss brigam entre si por questões religiosas. Não existe o bloco dos bonzinhos ou dos malvados. Claro que existem os vilões, que são os Zergs e a Overmind, mas ainda assim, não se trata de um maniqueísmo de fato. Afinal os Zergs só queria evoluir, não causar o mal pelo mal. E claro que temos os personagens heroicos, mas, ainda assim, não se trata de algo forçado: Raynor quis deixar um dos seus inimigos, Edmund Duke, ser devorado vivo pelos Zergs, e foi Mengsk (o vilão) que o abrigou a resgatá-lo, para que ele se tornasse um aliado. Zeratul assassina um membro querido da sua própria raça, por preferir vê-la morta do que dominada mentalmente.

Um dos pecados do Starcraft II foi ter traído esse tipo de narrativa, colocando a Dark Voice como um ser maligno e os jogadores como os bonzinhos; quando na história clássica todos lutam por seus interesses, embora alguns sejam melhores do que outros.

Brood War, a expansão, possui uma história fantástica, cheia de reviravoltas, suspense e coloca Kerrigan como a maior vilã traiçoeira e vil que você respeita. A história é tão cheia de tramas que justifica completamente o sucesso que foi Mega recomendado.

Faço este humilde post compartilhando essas pequenas lembranças e recomendando que todos baixem e joguem a campanha do Starcraft I, nem que seja pela história. É muito bom! Juro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário