Faz um tempinho foi anunciado um
Remaster do Starcraft I. Essa notícia me deixou feliz e me trouxe algumas boas
recordações sobre Starcraft. Principalmente porque o Starcraft I, a versão não
remasterizada, está disponível gratuitamente para todos os jogadores. O que é
fantástico. Se eu fosse você eu baixava e
jogava Starcraft I, mesmo que casualmente.
Meu primeiro contato com
Starcraft foi há um bom tempo. Consegui uma cópia pirata com um amigo que me
foi passada por Pen-Drive. Essa versão não tinha diálogos e nem cutscenes e
veio com um save com todas as missões destravadas. Eu jogava sem muita
seriedade ou compromisso geral, usava mais como uma alternativa ao Warcraft III
(também pirata).
Comecei a gostar bastante então
um dia eu resolvi comprar o Starcraft Anthology, que é o pacote que hoje está
de graça na Battle Net.

Me recordo de momentos épicos, como quando Mengsk deixa Sarah Kerrigan para morrer nas mãos dos Zergs depois ela lutar por ele. Não foi preciso CG nem uma dublagem de outro mundo para trazer todo o drama deste momento e nos fazer ficar irritados com Arcturus Mengsk. Ou então o momento em que a Overmind nasce em Aiur, exatamente no local onde o Xel'naga colocaram os pés pela primeira vez no planeta, nos passando a sensação de que algo grande estava para acontecer, cujas extensões são maiores do que a nossa compreensão consegue alcançar.
![]() |
Brood War |
Uma coisa fantástica no Starcraft
I é a falta de maniqueísmo e a presença de relações mais realistas. As raças
não são unidas entre si, os Terranos brigam por interesses econômicos,
políticos ou simplesmente por poder; enquanto os Protoss brigam entre si por
questões religiosas. Não existe o bloco dos bonzinhos ou dos malvados. Claro
que existem os vilões, que são os Zergs e a Overmind, mas ainda assim, não se
trata de um maniqueísmo de fato. Afinal os Zergs só queria evoluir, não causar
o mal pelo mal. E claro que temos os personagens heroicos, mas, ainda assim,
não se trata de algo forçado: Raynor quis deixar um dos seus inimigos, Edmund
Duke, ser devorado vivo pelos Zergs, e foi Mengsk (o vilão) que o abrigou a
resgatá-lo, para que ele se tornasse um aliado. Zeratul assassina um membro
querido da sua própria raça, por preferir vê-la morta do que dominada
mentalmente.
Um dos pecados do Starcraft II
foi ter traído esse tipo de narrativa, colocando a Dark Voice como um ser
maligno e os jogadores como os bonzinhos; quando na história clássica todos
lutam por seus interesses, embora alguns sejam melhores do que outros.
Brood War, a expansão, possui uma
história fantástica, cheia de reviravoltas, suspense e coloca Kerrigan como a maior
vilã traiçoeira e vil que você respeita. A história é tão cheia de tramas que justifica completamente o sucesso que foi Mega recomendado.
Faço este humilde post compartilhando essas pequenas lembranças e recomendando que todos baixem e joguem a campanha do Starcraft I, nem que seja pela história. É muito bom! Juro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário