quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A Jornada do Xamã: Totens, parte 2




Depois de um tempinho quase um ano da parte 1, resolvi criar vergonha na cara e me organizar melhor não deu certo para escrever a segunda parte do meu relato sobre os totens do xamã do WoW Vanilla.


Pois bem, meu Xamã, Mokk, tinha completado uma etapa importante na sua jornada e já tinha comungado com os Elementos da Terra e do Fogo. Eu estava ansioso pelo próximo elemento e quando Mokk chegou no nível 20 a primeira coisa que eu fiz foi ir atrás do meu instrutor de classe para pegar a Quest Call of Water.

A JORNADA DAS ÁGUAS

A primeira tarefa é encontrar Islen Waterseeker, uma tauren que vive litoral dos Sertões. Eu AMO uma coisa que ela diz assim que a gente a encontra e entrega a quest:

“The wind approaches you quickly from the horizon; the earth is steady beneath your feet; and your spirit is already warmed by fire—I would say it is time for you to learn about the purity of water”
“O vento se aproxima rapidamente do horizonte; a terra se encontra firme sob os seus pés; e o seu espírito se encontra aquecido pelo fogo – eu devo dizer que é tempo de você aprender sobre a pureza da água”

A morada de Islen
Logo depois, Islen nos envia para encontrar uma moça chamada Brine, pois só com ajuda dela que Islen será capaz de criar um Sapta da Água mesmo ela sendo uma grande xamã com forte vínculo com o elemento água e morar em uma ilhota de frente do oceano e ser capaz de invocar Elementais da água. Então, lá vinha mais uma viagem, só que no meu caso eu peguei um vôo até o campo Tauren mais ao sul, virei lobo espiritual e fui correndo até ela. No vanilla, montarias só ficavam disponíveis a partir do nível 40, então o lobo espiritual vinha muito a calhar.


Brine é outra personagem que se apresenta de uma maneira interessante, chamando a ela mesma de irresponsável por não cuidar da própria segurança e incapaz de portar algo que seja útil a alguém – embora exista muito sarcasmo nas palavras dela. Logo após a introdução ela diz que sabe o que nós queremos e que vai nos ensinar sobre a água.

Sertões Pré-Cataclisma e a localização da casa da Brine

A primeira lição é sobre a importância da água e o objetivo é simples: descer até uma poça de água próxima e encher um recipiente com água. Quando fazemos isto, um Javatusco aparece querendo comprar brigar por estar pegando água da poça que supostamente é deles. Depois de derrota-lo, Brine dá a primeira lição, sobre como a água conecta todas as coisas vivas mas as vezes ela também é motivo de conflitos e brigas para aquele que não entendem que ela deve ser compartilhada (não com essas palavras exatas, mas a magia está aí).

O segundo pedido da Brine é um pouco mais absurdo. Ela pede uma amostra de água do fosso que existe no meio da Serraria Tarren, do outro lado do PLANETA!!!! Isto significa uma looooooonga viagem, uma vez que é necessário ir até Ogrimmar, pegar o Zeppelin para Tirisfal, depois virar lobo espiritual e atravessar toda a floresta pinhaprata e antes de andar um pouco mais até chegar na Serraria. Vocês não têm noção do quão demorado isto leva, praticamente uma hora apenas para ir do ponto A para o ponto B! Isto para que possamos pegar um pouco de água que permanece pura apesar de toda a corrupção da morte viva espalhada ao redor. E depois desta longa viagem, seria necessário voltar para Brine para completar a quest, e ouvir como este frasco de agua lhe lembra uma história de infância sobre como é possível encontrar esperança mesmo entre as mais pesadas adversidades (isto se você tiver saco para ler a questlog).

O malditobendito fosso
Inclusive, o WoW antigamente era cheio de missões que requeriam que você viajasse para outra área, apenas para descobrir que lá existem quests do seu nível para fazer.

Por fim, Brine nos envia para recuperar o terceiro ingrediente para a criação do sapta: Nas Ruínas de Stardust, na parte leste de Ashenvale, existe uma fonte de água sagrada. Então o jogador precisa viajar até Ashenvale (uma viagem menos longa desta vez), desbravar a floresta escapando de monstros e jogadores de nível mais alto para encontrar a ruína... cheia de elementais da água guardiões da fonte. Eles estavam nível 23 e eu nível 20 com certa de 20% da barra de XP, pois estava empolgado em pegar logo o totem da água, e no WoW Vanilla, se você não jogar direito um monstro de mesmo nível te mata (hoje no WoW até o 80 dá para matar monstros com um golpe na boa).

Depois a gente tem que fazer o caminho de volta (Retorno Astral pra quê te quero!)  e ao voltar para Brine, ela nos diz para ter cuidado pois existem elementais guardiães da fonte (Devia ter dito antes). Outra micro-decepção desta parte é que não tem micro-histórinha sobre alguma virtude o elemento água.

Enfim, daí Brine junta as três amostras de água e cria uma amostra pura de água e abençoada por ela, que nos permite criar o Sapta da Água para enxergar espíritos da água, e daí nos pede para voltar para a Islen, a xamã – isso a gente acabou de passar por ela faz uns 15 minutos e são mais 15 minutos só pra chegar até ela de volta.

Islen cria o Sapta da Água. YAY!!!!!
Agora vem a parte final da jornada da água.

A PURIFICAÇÃO DAS ÁGUAS


Para se tornar digno de receber um Totem da Água, Islen nos dá a tarefa de purificar um espírito elemental da água que está corrompido pela praga e que não mais se comunica com os Xamãs de demais espíritos. Até aí tudo lindo e maravilhoso e cheio daquele Lore e Fantasia incrível do Vanilla. O problema está na localização do espírito: Floresta Pinhaprata, à leste do Sepulcro em uma costa escondida. Sim, ela nos pede para viajar até O OUTRO LADO DO MUNDO de Azeroth para esta missão e pela SEGUNDA VEZ. Quando a gente acabou de passar por lá não faz muito tempo.

Mas é como diz aquele ditado, fazer o quê né? O jeito é virar lobo, viajar até Ogrimmar, pegar o Zepellin e depois entrar na Cidade Baixa e pegar o vôo até o Sepulcro. Chegando lá, mais uma volta, por um campo repleto de Worgens selvagens (diferentes dos de Guilnéas) para se deparar com um caminho desolado que ninguém pensaria em explorar. Depois de andar um pouco sem nada a não ser pedras e o mar... uma formação com grama, poças de água, um braseiro e um Troll solitário, de nome Tiev Mordune.

Ao usar o Water Sapta, diversos espíritos de água se tornam visíveis e dentre eles um espírito maior, a Manifestação Corrupta da Água, nosso objetivo. O Espírito está no nível 22 (Eu estava no 20 quando me dediquei a esta quest) e possui Frost Shock e Frost Nova. Se um Xamã falhar nessa quest, ele precisa pegar outro Water Sapta para ver os espíritos de novo, o que significa ir do Sepulcro para os Sertões e depois voltar (mais tempo perdido andando e andando). Ainda bem que eu venci ele de primeira.

Ao derrotar o elemental, é apenas questão de pegar as braçadeiras dele e colocar no braseiro e as últimos gotas de água pura do Sapta da Água, e um elemental purificado aparecerá. Em gratidão, o Elemental irá lhe dar um estilhaço de água, um pedaço dele mesmo, que servirá como base para a elaboração do seu Totem.

Cadê das player mon?
Duas curiosidades: Antigamente não existia no WoW a mecânica das instâncias no mundo aberto, então todos os NPC’s eram visíveis para todos, o que significa que NPC’s especiais, invocados por quests, não permaneciam para sempre à disposição. Então, se um Xamã por algum motivo curioso demorar o bastante, o Elemental Purificado irá desaparecer e a missão para ganhar o totem não ficará disponível.

É aí que Tiev entra. Ele pode invocar o Elemental Purificado de novo se você o entregar um Water Sapta. O que significa outra viagem de ida e volta para o outro lado do mundo sem montaria. Quando o Cataclisma chegou e as missões de classe foram removidas, Call of Water foi removida, mas Tiev continua lá, sem nenhuma função. Você pode até conferir a página dele nowowhead ou ir até lá pessoalmente e conferir que ele ainda esta lá, num tédio só e se perguntando porque nunca mais apareceram Xamãs atrás da benção das águas.

Mas enfim, voltando ao assunto, cabe ao jogador pegar a sua recompensa e levar o fragmento do elemental de água para Islen, para que ela possa criar o nosso Totem, mais um instrumento espiritual. A outra recompensa é a habilidade Totem da Corrente Curativa, uma habilidade que coloca um totem da água que cura todos os jogadores em 6 pontos de vida a cada 2 segundos. SÉRIO??????? Nossa, foi meio frustrante ver a recompensa, que não é tão útil nem em DG’s e nem nas quests, mas tudo bem. Apesar de longa, a sensação final foi de dever cumprido e de jornada vivida.



O CHAMADO DO AR

Call of Air é a última das quests especiais do Xamã, que o liga ao elemento ar e fica disponível no nível 30. Obvio que ao chegar no nível 30 a primeira coisa que fiz foi procurar o instrutor de Xamãs para receber a quest, enquanto ficava imaginando o que será que eu deveria fazer para ganhar meu totem. Talvez algo homérico como viajar nos quatro cantos do mundo para coletar a essência dos quatro ventos (Vento Norte, Sul, Leste e Oeste).

Pois, bem, o instrutor me manda procurar Prate Cloudseer, que vive em uma caverna em Mil Agulhas junto do seu namorado, DornPlainstalker. No Cataclisma, Mil Agulhas foi inundada e o paradeiro dos dois Taurens é desconhecido. T_T

Peguei a quest, virei lobo fantasma e me dirigi até Mil Agulhas. Segui mais ou menos as instruções, procurei um bocadinho – mas não muito – e encontrei a caverna, já louco para iniciar minhas provações e adquirir a sabedoria do vento e um totem feito de uma entidade elemental.

Encontramos Prate e ela nos diz, embora não com estas palavras, o seguinte: “Tá aqui o seu totem. Agora pode voltar a procurar um grupo pra Dungeon”


Aí eu fiquei: COMO ASSIM TOMA O SEU TOTEM, CADÊ MINHA PROVAÇÃO, CADÊ A SABEDORIA DOS QUATRO VENTOS, CADE QUEST PRA RODAR O MUNDO INTEIRO ATRÁS DE UMAS FROZINHA COM DROP RATE BAIXO OU ALGO DO TIPO?


Falando sério, rodar metade do mundo na provação da água tomou tempo e dedicação e paciência, mas foi bem satisfatório concluir a jornada. Meio chato, mas satisfatório. Receber o totem do ar de uma vez sem nenhuma fantasia, apesar de bem prático foi decepcionante.

Tipo assim, os meus totems são feitos de fragmentos de elementais que me deram a suas bênçãos e sabedoria (ou quase isto – elemental do fogo estou falando de você), meus totens são instrumentos feitos dos próprios elementos do mundo, e daí o totem do ar é tipo um negócio que eu não sei nem da onde veio.

O namorado dela, por outro lado, possui umas quests que lembram um tipo de provação do elemento ar, pedindo a gente para pular do alto de uma montanha e para ir atrás de umas Harpias e pegar as penas delas. Minha teoria é que havia um tipo de corrente de quests que foi abolida no final, e os desenvolvedores simplesmente deram a quest, achando que toda a volta dada no Chamado das Águas deve ter sido o bastante.

 
Mas enfim, com isto, completo o meu relato sobre os totens do Xamã da Horda antes tarde do que nunca. Na expansão The Burning Crusade, quando Draeneis trouxeram Xamãs para a aliança, foram incluídas provações elementais para a Aliança. Algum dia eu posso escrever sobre isto, quando upar um Xamã Draenei até o nível 30 eu um servido do TBC ou TFT.

Paz e que os Elementos nos Guiem

Um comentário:

  1. meu amigo criou um xamã mas sem querer jogou o totem da terra fora existe uma maneira de recuperar?

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