Após muitas décadas voando pelo
espaço, Tarinadaren nasceu, a bordo da Exodar. Filha de dois joalheiros, ela
sempre ouvia as histórias sobre a sua terra natal, Argus, agora dominada pelos
demônios da Legião Ardente. Ela sonhava que um dia o profeta pudesse encontrar
um caminho para a salvação, um caminho onde até os Demônios poderiam abandonar
suas tradições maculadas e se unir à luz.
Na infância, porém, ela viu o
horror do ataque demoníaco na forma da Horda Orquica. Uma máquina de matar
baseado na ira e na conquista. A guerra cobriu Draenor e o pai de Tarinadaren
foi levado por um guerreiro sedento de sangue.
Porém, sua fé na luz não se
abalou, e Tarinadaren levou suas orações para a salvação do seu povo e para que
os Orcs pudessem encontrar o caminho da Luz. Sua mãe a treinou nas técnicas
básicas de combate, para fins de auto-defesa, mas ela nunca acreditou que um
dia precisaria delas. Sua fé estava convicta de que a Luz encontraria um
caminho para a paz e a comunhão e a guerra e as grandes trevas se dissipariam.
Em uma noite, ela estava
firmemente concentrada em suas orações acerca a procura da paz e do equilíbrio
e em um momento de grande clamor pela Luz, acabou perdendo a consciência.
Quando retornou de volta a si, estava em volta de escombros da Exodar e rodeada
de Draeneis gravemente feridos ou mortos. Um grupo explodiu a nave a tirou seus
destroços pelas ilhas locais ao norte de Kalimdor, um dos continentes de
Azeroth. Os sobreviventes com habilidades físicas ou mágicas foram recrutados
para auxiliar no estabelecimento do novo mundo, e Tarinadaren se voluntariou
para auxiliar com o objetivo de encontrar sua mãe.
Ela rezou à fé pela sua segurança
e elevou as suas orações ao máximo, oferecendo todos os sacrifícios pessoais
possíveis para a Luz, mas foi tudo em vão ao encontrar o cadáver de sua mãe já
sem vida e incapaz de ser curada. Naquele momento, toda a fé de Tarinadaren se
foi e em seu lugar nasceu uma grande e desmedida raiva.
Incapaz de descansar, a guerreira
iniciou sua jornada em prol de seu povo e contra as forças demoníacas. Enquanto
os demais aventureiros ostentavam heroísmo e bravura, Tarinadaren lutava com
raivas e sede de sangue. Não havia salvação para os demônios ou criaturas das
trevas, tampouco aqueles que se afiliam a eles, como orcs, trolls, elfos
sangrentos, renegados e goblins, sem exceções. E não existe tolerância para os
membros da Aliança que se afiliam ou usam tais poderes, como Bruxos, Sacerdotes
das Trevas, Cavaleiros da Morte e Caçadores de Demônios. Todos eles merecem a
ira de Tarinadaren.

Se ver como uma peça dos demônios
provocou uma grande crise, que só foi apaziguada graças à ação do monge e de um
sacerdote Draenei chamado Vashyron. Para encontrar equilíbrio e iluminação, ela
decidiu aposentar temporariamente suas armíferas e adotar o escudo como
instrumento de batalha, focando sua ira para outros fins: ao invés de aniquilar
o mal, ela iria proteger o bem e suportar os perigos da aniquilação. E assim
seguiu nas batalhas contra as Nagas e contra o pesadelo esmeralda e em parte da
campanha em Trommhein e na costa partida. O escudo era sua vocação, e as
espadas eram usadas apenas quando não havia outra alternativa.
Então, após vitórias no antigo
templo de Eluna, o mundo natal dos Draenei é trazido à orbita de Azeroth.
Argus, terra natal dos pais de Tarinadaren estava as vistas e a campanha da
aliança (e da maldita horda aliada dos demônios) agora tinha como desafio
reconquistar o planeta.
Acreditando ter alcançado a
compreensão sobre o equilíbrio entre destruir e proteger, Tarinadaren sacou as
duas enormes espadas e se preparou para retornar à batalha. Estava na hora de
tornar a demonstrar a sua Ira, agora mais justa e mais amadurecida. Seus pais
seriam vingados a partir da reconquista de Argus.
A batalha mais importante para
todos os Draeneis estava começando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário