domingo, 29 de maio de 2016

Card Game On-line: Spellweaver

Esses dias resolvi experimentar uma coisa diferente e baixei o card game Spellweaver.

Encontrei o jogo em um dos anúncios de facebook e resolvi ir no site dar uma conferida. (Para deixar claro, esta foi a primeira vez que eu cliquei em um anúncio de facebook). Meu espanto foi ver que o jogo inteiro está localizado em português!!!

O jogo possui dois slogans. O primeiro diz "Um card game com velocidade" e diz respeito ao atributo de velocidade/agilidade que as cartas de criaturas possuem, além da vida e do ataque. O segundo slogan é "Um card game feito de jogadores para jogadores". E é um slogan bem verdadeiro pois o seu Designer principal é um dos vencedores do Campeonato Nacional de MTG. E ao ver a baixa popularidade atual do jogo (o que deve significar um retorno não tão grandioso monetariamente) é perceptível que a equipe continua investindo no jogo porque acredita na proposta do jogo e nos jogadores que apreciam o estilo.

Eu fui um adolescente que jogou muito Magic. Quando conseguir uma maior estabilidade financeira, irei tornar a jogar. Todo jogador tem o dever de reconhecer Magic the Gathering como o card game clássico, a pedra fundamental da história dos card games. Ele é responsável pela popularização do gênero e é o único exemplo de card game que consegue superar o desafio de se manter sempre jovial e vencer o perigo de se perder com o passar do tempo.

O único card game que conseguiu se manter no mercado por mais de cinco anos, fora o Magic, é o Pokemon TCG. Mas ainda assim eu atribuo esse sucesso muito mais a base de fãs do que ao jogo em si.

Então, voltando para Spellweaver: Quero dizer que apesar de não ser o jogo perfeito, Spellweaver é um excelente card game e vale a pena conferir. Se tivesse bem mais investimento, poderia até ser um concorrente forte do Hearthstone. O jogo consegue reunir os elementos grandiosos e Magic the Gathering com a curva de aprendizado de Hearthstone.

Após passar por um tutorial, é ofertado ao jogador um dos seis Decks de Principiantes para escolher.

Altar da Mana Vermelha Cólera
Cada Deck incorpora um dos Aspectos Magicos, a saber:

Ordem: Equivalente a Mana Branca.
Sabedoria: Equivalente a Mana Azul.
Natureza: Equivalente a Mana Verde.
Corrupção: Equivalente a Mana Preta.
Fúria: Equivalente a Mana Vermelha.
Domínio: Seria a nova "Mana Roxa".

E quando eu digo equivalente, eu não estou brincando. A Ordem possui Anjos, Clérigos e Milicias; a mana; a Natureza possui Elfos, Entes, criaturas das florestas; a Fúria possui ênfase no Xamanismo, em Goblins, no elemento fogo; etc. E os estilos também são semelhantes.

A novidade fica por conta da "Mana Roxa", que envolve manipulação (política, mental e biotecnológica), vampirismo, conspiração, escravidão e nobreza (o título, não a virtude).


Os tipos de carta também são simples:

- Herói: Possuem uma mecânica parecida com os Heróis do wow-tcg. Você monta um Deck com um herói, que não pode ser trocado na partida, e ele possui um poder. Atualmente cada tipo de "mana" possui três heróis, todos fazem parte do Base Set.

- Altar: São os "terrenos" do jogo. cada altar te dá uma escolha entre ganhar um nível em um tipo de aspecto - de forma semelhante às lessons do Harry Potter Tcg - ou ganhar uma mana incolor e outro efeito, como ganhar uma carta ou ganhar um poder extra.

- Criaturas: As criaturas lembram muito o Magic: todas elas possuem tribo, mesmo que isto não seja útil em nenhum momento. E elas possuem uma série de habilidades bem distintas e podem ocupar a linha de frente, em que podem atacar e ser atacadas, e a linha de suporte, em que não podem atacar nem ser atacadas diretamente.

- Magias: Surgem um efeito e desaparecem. Todas as magias do Spellweaver são instantâneas e algumas delas se tornam permanentes em campo.



- Artefato: São as cartas em menor número. São permanentes. Algumas são criaturas artefato. Existem duas subdivisões: os totens, que são permanentes do aspecto Rage, e os Implantes, que se anexam a uma criatura específica, e são do aspecto do Domínio.

Dito isto, vou listar pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS:
Exemplo de muitas mecânicas em uma carta.

- Mecânicas: Spellweaver possui muitas mecânicas! Mas muitas mesmo! E não digo apenas no sentido das habilidades das criaturas, como voar, projeteis e furtividade, mas à quantidade de coisas diferentes que se pode fazer, como reciclar/reviver criaturas do cemitério, acumular energia em uma permanente para que ela depois use habilidades especiais, colocar criaturas na linha de trás, protegidas, enquanto as buffa para depois colocar na frente e elas causarem estrago; etc... Seria muito bom se a expansão viesse a ampliar os estilos de jogo.


- Construção de Deck: É possível construir Decks com várias aspectos, ou até mesmo usando todos os seis aspectos da magia. Todas as cartas podem ser combinadas entre si, com exceção das cartas de herói. Não é necessariamente melhor do que o Hearthstone, mas essa diferença empolga mais os construtores de Deck.

- Arte do jogo: A arte, de uma maneira geral, é muito boa. As cartas são bonitas e possuem ilustrações muito bem feitas e atrativas.


- Ações no turno do oponente: Uma das maiores criticas ao Hearthstone é que você não pode fazer nada no turno do oponente. Eu particularmente não acho isto ruim e me preocupei bastante com a ideia de um jogo onde você pode usar coisas no turno do oponente, será que ia dar certo? Pois bem, em Spellweaver deu certo. Não leva uma infinidade de tempo e a partida flui.








PONTO NEUTRO:

- Trilha Sonora: A trilha sonora do jogo é boa. Não que se trata de algo espetacular, pelo menos não me cativou. Mas também não é ruim. Tem músicas agradáveis e a música de batalha, eu diria que é média. Só tenho a reclamar de alguns efeitos sonoros que são meio irritantes. Na verdade o som que mais me irrita é quando você dá zoom em uma carta. Acho que depois vou dar uma sugestão lá para eles mudarem isto.


PONTOS NEGATIVOS:


- Tabuleiro: O tabuleiro do jogo não é atrativo, embora não seja feio. Porém, o que é problema em relação a ele são as proporções. As cartas ficam pequenas demais em jogo, de forma que não dá para apreciar verdadeiramente sua arte, e existem muitos espaços mortos no tabuleiro, espaços preenchidos com vazio.

No modo de criação, são usados os Altares.
- Modo de Criação: O modo de criação é liberado após você conseguir 300 cartas, o que demora um pouco. A partir daí é possível destruir e construir cartas. Mas ao invés do jogo possuir um recurso universal para o modo de criação, ele possui um recurso para cada aspecto da magia, que são os altares básicos: Você usa altares básicos para criar cartas do mesmo aspecto que o altar, o que é um tanto quanto limitante. Mesmo com o sistema de converter dois altares de um aspecto em um altar de outro. Não que seja completamente ruim, mas não parece avançado.


MENÇÃO HONROSA:

Spellweaver é um jogo possível apenas pela paixão de jogadores de card-game. Não existem mega financiamentos por detrás do jogo, mas investimento de quem acredita e colaboração dos fãs. Foram os jogadores em colaboração com os produtores que levantaram fundos para conseguir criar um tabuleiro 3D, novos heróis, missões pve, um modo de criação e outras coisinhas. E os fundos não foram suficientes para conseguir implantar um modo de cooperação e um modo MMO.

Ou seja, Spellweaver segue adiante em um mercado dominado por mega corporações, tendo como apoio e combustível pessoas apaixonadas por Card Games.


VEREDICTO:

Totems precisam de buff na próxima expansão.
(A história se repete)
Vale a pena jogar e experimentar Spellweaver! O jogo é gratuito e leve para baixar. Não se trata de um jogo perfeito, tem coisas que precisariam ser melhoradas sim, mas uma iniciativa como esta só irá adiante se tiver o apoio dos fãs do gênero card-game.

Agora é um bom momento para começar a jogar, tendo em vista que no final de Maio virá a primeira expansão do jogo.

Então, baixe o jogo, dê uma chance e depois dê o feedback para a empresa sobre os pontos bons e negativos. Vale a pena como uma alternativa ao Hearthstone e não decepciona: apenas precisa ser mais bem polido.



sábado, 28 de maio de 2016

Cultura do Estupro


Criei coragem e vim escrever mais uma postagem (tenho três no rascunho, mas pouco tempo e energia).

Quarta-feira dia 25 de Maio de 2016, um vídeo começou a circular na internet. Uma menina de 16 anos desacordada, sangrando, e homens rindo e fazendo chacota dela. O contexto: Trinta homens tinha drogado e abusado sexualmente na menina. TRINTA HOMENS!

E isto apenas a sete dias depois do 18 de Maio, dia NACIONAL de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Entristeceu muito o meu dia.


Depois disso, começou um movimento questionando se a cultura do estupro realmente existe.

Sinto muito, geeks e gamers, mas a cultura do estupro existe sim.
Inclusive, a comunidade nerd/geek/gamer é muito machista!

A cultura do estupro é aquele conjunto de ideias e argumentos que dizem que existem casos em que a mulher merece ser estuprada; ou que, ainda, a culpa por ter sido estuprada foi dela e não da pessoa que deliberadamente a estuprou.

Se uma mulher andar nua em um canto cheio de homens adultos, ela merece:
A) Ser estuprada
B) Responder por atentado ao pudor

Jill Valentine. Pena que aos olhos da Capcom
ela não serve de protagonista para a linha principal.
Se você pensou que a letra A era uma resposta adequada, você ajuda a manter a cultura do estupro. Você ajuda a perpetuar a ideia de que o corpo da mulher é um objeto, e que os homens possuem o direito de usufruir deste objeto. Sinto lhe informar, mas mulheres não são objetos, elas são seres humanos e nada (repito NADA) justifica violar a integridade física delas.

Inclusive, a cultura do estupro cria diversos argumentos falsos para colocar a culpa na vítima, e desviar o foco do agressor: Se ela estivesse estudando isto não aconteceria; se ela estivesse na igreja isto não aconteceria; se estivesse em casa isto não aconteceria; se estivesse trabalhando estaria tudo bem; se tivesse um namorado fixo ela não sofreria estupro; se ela tivesse inocência ela não seria estuprada...

E o que querem dizer com isto? Quer dizer que se ela sair de casa/da igreja/dos estudos isto dá a um homem o direito de violá-la? ME POUPEM!


E daí eu quero chegar em outro ponto: os vídeo-games, assim como outras mídias, colaboram para manter a ideia de que mulheres são objetos e seus corpos são mercadoria a disposição dos homens.

Contribuímos para que os homens se sintam no direito de estuprar as mulheres quando:

- quando falamos que toda garota gamer quer atenção ou namorado;
- quando falamos que garotas gamers que tem namorados não deveria jogar, mas fazer "algo produtivo";
- assediamos as mulheres que estão jogando conosco no Call of Duty ou no Battlefield;
- xingamos um jogador no MOBA assim que descobrimos que é uma mulher;
- passamos a dar stalk no profile de jogadoras nas redes de gamers;
- quando começa a xingar qualquer mulher de louca, vagabunda, promiscua, etc... quando ela reclama de alguma coisa que as ofende (eu ouvi Tracer?)
- reclamamos que uma personagem X ou Y é ruim porque ela não é sexy o bastante, como se toda mulher tivesse essa obrigação;
- reclamamos que mulher não serve para ser protagonista de um filme ou de um jogo (Widowmaker dos Vingadores foi alvo de uma polêmica destas)
- quando usamos expressões tipo "joga igual mulher" para jogador ruim, ou então quando colocamos que lugar de mulher nos jogos é sendo suporte/curador dos jogadores homens.


Em todos os casos acima, a comunidade está reforçando a ideia de que mulheres são objetos/são inferiores aos homens. O estupro não é fruto de um desejo incontrolado, é uma questão de poder, de afirmação de uma superioridade, de corrigir uma mulher por ela não ser submissa ou atender as expectativas. O estupro é um ato intencional que tem como raiz o a ideia de que a mulher está lá para ser usada. Que os homens tem este direito. 

Não são monstros. Todo homem estuprador é uma pessoa normal que aprendeu que ele pode estuprar as mulheres, que se sentiu legitimado pela sociedade, pelos amigos, pelos colegas. Legitimado não apenas de forma direta, com incentivos, mas também de forma indireta, a partir das nossas omissões e silêncios.

Então, quando você nerd/geek faz alguma das coisas listadas mais acima, você reforça a cultura do estupro. Quando você vê uns amigos fazendo piadas sobre estupro ou sobre abusar de mulheres, você está ajudando a manter no ar a ideia de que é legitimo abusar do corpo das mulheres. Você é responsável sim pelo machismo nosso de cada dia, de cada partida, de cada chat.


Finalizo este post com um trecho de um texto muito bom:

"Eu não luto o suficiente contra a cultura do estupro. Qualquer luta da qual eu faça parte terá suas limitações nesse sentido: sou homem, e por mais que tenha alguma criticidade, que tente problematizar o machismo, questionar o patriarcado, não consigo por minha própria conta me desfazer dos privilégios que tenho pela condição de ser homem. Nós, homens, somos os únicos responsáveis históricos pela criação das bases materiais e subjetivas que criam as condições para que tenhamos uma vítima de estupro a cada 11 minutos no Brasil, e somos os maiores responsáveis por sua reprodução cotidiana. Eu, você e todos os demais somos os responsáveis"


Fica a reflexão.
(E amanhã faço meu post sobre Spellweaver. Questão de honra!)

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O dia em que League of Legends deu um show na Blizzard



Eu não sou uma pessoa muito fã de League of Legends. Quase não jogo mais, embora ainda tenha o jogo instalado no meu notebook. Porém, nunca deixei de acompanhar os lançamentos do jogo. E, nestes últimos tempos, tenho curtido muito duas personagens: Illaoi, a sarcedotiza craquém, e a nova heroína Talyiah.

São personagens femininas bem interessantes e diferentes. Illaoi é durona e tem como lema "ossos quebrados ensinam melhor que sermões". Ela é tipo a versão feminina do Braum, mas com uma personalidade mais legal.

Já Talyiah é uma jovem litomante (dobradora de terra), que possui um objetivo em mente e convive com o medo de acabar ferindo os outros por não controlar completamente seus poderes. Além de ter um visual bem cool e diferente.

Feita esta contextualização, surge o fato gerador: Os jogadores começaram a reclamar que a Talyiah é uma personagem feminina ruim, por ser pouco sexy. Que League of Legends precisa de mais personagens (mulheres) sexy's e que ela tinha um design tosco. Really comunidade?

E não apenas isto, as reclamações versavam não apenas sobre sua falta de curvas, mas também sobre sua etnia, como por exemplo, na questão sobre o nariz da personagem. E ainda citava a outra personagem Illaoi como a mulher mais feia de League of Legends (o que para mim é a Zyra), e colocava a Talyiah como a segunda mais feia do jogo.



E daí, depois de ser provocada pela comunidade, a RIOT  - mais especificamente o Designer da personagem - deram uma resposta maravilhosa aos jogadores.

Reproduzo a tradução da resposta a seguir:

Zyra: Mulher planta, mas altamente sexy.
"O League tem um recorde (menor do que o perfeito) em objetificar personagens mulheres. Não há nada de errado com uma campeã colocar sua sexualidade como principal(...). MF e Ahri? Faz total sentido.

O problema não é que havia algumas mulheres objetificadas, mas que não havia NENHUM OUTRO TIPO (se não uma criança ou yordle). Restringir os tipos de corpo é limitante para nós, como criadores. Nós só podemos fazer um tipo de corpo? (...).


Miss Fortune: Roupa mínima
cobrindo o seu torso.
Nossas personagens mulheres mais recentes têm sido muito mais interessante. Da aparência monstruosa de Kalista a Rek'sai, um monstro de verdade... Da Illaoi e sua imagem de 'quebrar ossos ensinam melhor do que sermões' ao visual etéreo e animalesco da Ovelha [Kindred].
Essas personagens não fazem seu tipo? OK! Nós já temos 33 mulheres sexualizadas no jogo (eu fui e contei). Estou certo de que faremos outra personagem sexy no futuro. (...)

Taliyah é uma jovem lutando com um poder elemental diferente de qualquer coisa já vista. Ela é uma garota lutando para proteger seus entes queridos de um antigo poder e preocupada de que vá feri-los. Ela é uma garota crescendo em uma época de conflitos centrada em sua terra natal, e sua viagem é um dos domínio sobre seu poder. Quando, no meio disso tudo, ela iria falar: 'e enquanto isso eu vou ser sexy para o meu encontro em Shurima?'.

Veja o quão coesa Taliyah é. Quem ela é, o que ela faz, como ela é ... Tudo isso faz sentido tomado como um todo. Por que ela tem essa aparência? Porque FAZ SENTIDO."

Uma resposta muito linda e interessante! Eu, sinceramente, não esperava esta resposta da RIOT, dona do jogo mais troll hue-br que existe no mundo. Mas não! A resposta foi muito massa, porque colocou todos os argumentos alí, parecia que eles ouviram as jogadoras empoderadas ao elaborar a resposta.

E o pior de tudo: A Riot (empresa da qual não sou grande fã) deu um show e se saiu muito melhor do que a Blizzard (empresa da qual sou mega fã). É por este motivo que encontrei forças para escrever este texto apesar de estar atolado de coisa para escrever e já ser meia noite.

Akali Enfermeira: Diretamente saída de um Sexy Shop.
Entenda: faz pouco tempo houve uma polêmica com a personagem principal de Overwatch, a Tracer. A polêmica envolvia o fato da personagem ser sexualizada, tanto na sua postura de vitória quanto na sua roupa que evidencia demais a bunda. Houve uma grande discussão e polêmica. De um lado homens (mas não apenas) chamando as mulheres de mimizentas e do outro lado mulheres (mas não apenas) exigindo uma representatividade melhor das mulheres, principalmente da protagonista. A Blizzard ficou meio que em cima do muro, e depois entregou uma nova pose, que não agradou tanto as mulheres e agradou os homens que comemoraram um "bem feito para a feministas!".



Apesar da Blizzard ter personagens umas femininas bem legais e pouco sexualizadas em Overwatch, como Mei-Ling, que é toda coberta ou a D.VA que passa a maior parte do tempo dentro do seu Mecha; ela foi cometer um erro justo com a protagonista, e deu uma resposta muito meia-boca.

Enquanto que a resposta da Riot é bem melhor, porque ela evidencia e deixa bem claro que existe uma objetificação das mulheres e que é preciso de novas representações femininas.

Desta vez sinto muito Blizz, mas você perdeu essa.